segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Por que o Osteopata deve ter formação completa?


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Para fisioterapeuta, o COFFITO deveria proibir que especialidades reconhecidas tivessem os nomes divulgados em cursos que não atendem o mínimo necessário para a formação
 
O assunto gera muitos questionamentos. Por que é fundamental que o profissional tenha formação completa em osteopatia? E mais, por que existem tantos cursos no mercado com cargas horárias baixíssimas e que não atendem o mínimo necessário para uma boa formação?
 
Primeiramente porque estamos falando de uma especialidade reconhecida pelo COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), e esse reconhecimento implica que as escolas de formação devem fornecer uma carga horária mínima de conhecimento aos alunos. Em segundo lugar, por se tratar de um curso ligado à saúde, não se deve admitir que profissionais subformados possam se divulgar como técnicos ou especialistas.
 
No entanto, os riscos vão muito além do pouco conhecimento. Para o paciente, por exemplo, o risco é não ser submetido a uma análise específica e, portanto, não poder contar com todas as ferramentas que a osteopatia oferece. Já para o terapeuta, praticar ou divulgar a prática de técnicas que fazem parte de especializações regulamentadas deprecia os profissionais que se submeteram e investiram em anos de formação, com todos os custos embutidos nisso.
 
Algumas especialidades já sofrem com a desvaloriação do mercado: "A lei de mercado faz com que o paciente, leigo, procure, antes de mais nada, por menores preços. Isso tende a tornar-se um círculo vicioso e o profissional que tem a formação completa acaba competindo, sem igualdade, com profissionais que fizeram cursos de pouca carga horária e, portanto, cobram muito menos. Pilates, RPG e outras linhas da fisioterapia já sofrem com isso e desvalorizam-se a cada dia. Há 3 anos, uma consulta de Pilates (com profissionais formados em cursos "completos") custava R$150, R$200. Atualmente, com a formação em cursos de 10, 20 horas, encontramos facilmente aulas de pilates por R$10, R$20. O COFFITO e os fisioterapeutas não deveriam permitir isso.
 
O profissional explica que, no caso da osteopatia, o COFFITO exige, no mínimo, 1500 horas de curso, sendo 500 (1/3) de prática, com atendimentos supervisionados por fisioterapeutas osteopatas, ou seja, reconhecido pelo órgão. Neste sentido, a pós-graduação em osteopatia oferece aos alunos uma bagagem imensa em termos de avaliação física do paciente e o alimenta de ferramentas de ação frente ao que a avaliação revelou. Além disso, obter um diploma de pós-graduação é o primeiro passo para o reconhecimento junto ao COFFITO, que exigirá o diploma da pós, o diploma de realização do estágio supervisionado por um osteopata reconhecido para emiti-lo e a aprovação numa prova de qualificação que ocorre em períodos determinados pelo órgão. Só depois disso é que o fisioterapeuta pode divulgar-se como Fisioterapeuta Osteopata.
 
Como escolher o melhor curso
 
Algumas dicas são fundamentais na hora de escolher o curso para formar-se em osteopatia, como: conhecer a escola, os professores, a forma como a osteopatia é ensinada e quais as novas possibilidades que surgirão com o curso. Além, é claro, de avaliar as disciplinas oferecidas que complementam a formação do osteopata, já que os custos podem se elevar, se houver a necessidade de muitos outros cursos complementares.
 
Os fisioterapeutas têm que entender que isso acabará diminuindo a osteopatia e todos os conceitos por trás da aplicação dela. Osteopatia não é uma técnica. Osteopatia é um conceito, uma filosofia, uma ciência. No meu entendimento, o COFFITO deveria proibir que especialidades reconhecidas tivessem os nomes divulgados em cursos que não atendem o mínimo necessário para cada formação.

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